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Gestão de Pessoas só é estratégica quando DESENVOLVE pessoas

O trabalho pode ser uma tortura em muitos casos, mas ele também pode ser um meio para construirmos o nosso mundo. Isso só acontece quando trabalhamos para nós mesmos. Com a mentalidade de nos desenvolvermos, de crescermos, de construirmos uma identidade cada vez melhor, de aumentarmos nossa autoestima e autoconfiança. Por isso trabalho deve ser sempre para nós, por isso a importância de se fazer tudo com excelência, com alma. Hoje, trabalho é muito mais do que a troca de mão de obra por dinheiro.

Trabalho gera desenvolvimento humano, que é um processo de ampliação das escolhas das pessoas, para que elas tenham capacidades e oportunidades de serem aquilo que desejam ser. Carreira é justamente esse processo, que pode passar por inúmeros tipos de trabalho. Carreira são os diversos papéis e ocupações que exercemos ao longo da vida. Carreira é a nossa história. Então quando falamos de escolhas de carreira, falamos também de escolhas de vida. Não depende de alguém de fora, e sim do sentido que atribuímos e da história que nós mesmos contamos. A construção dessa estrutura de carreira é intransferível, cada profissional tem essa responsabilidade consigo mesmo, mas o principal objetivo sempre deve ser o autodesenvolvimento (amparado pelos líderes, gestores e mentores).

O papel dos gestores nesse processo é ajudar a conquistar os resultados que a pessoa deseja de forma sustentável. Comece pelo começo. Quem essa pessoa é? O que valoriza? O que faz de melhor? Fortaleça essas habilidades conforme o seu próprio plano. Pega as informações e auxilia a pessoa a se desenvolver. Saber conversar é das habilidades mais complexas e mais necessárias ao novo mundo do trabalho. O planejamento estratégico tem menos importância do que a clareza de identidade. Pessoas precisam saber quem são e porque lutam.

O bom desenvolvimento de profissionais passa por uma equipe forte, clara e baseada na confiança. Uma equipe que usa os rituais certos de comunicação. Uma equipe que não tem medo de conversas difíceis. Uma equipe que evidencia os seus sonhos coletivos. Uma equipe que tem líderes e gestores com muita energia para o desenvolvimento de pessoas. Uma equipe com menos micro gerenciamento e focada na inteligência coletiva. Uma equipe com sentimento de propósito em comum e pertencimento.

Além das conversas entre líder e liderado, para que ele entenda profundamente suas escolhas e seus próximos passos profissionais, o liderado deve amadurecer a sua lógica de recompensa. O que ele precisa ter como certeza é: “meus esforços são coerentes com os resultados que busco.” Caso contrário, a estrutura de Gestão de Pessoas não está a serviço do desenvolvimento dos profissionais. A partir de uma resposta positiva, entramos em um ciclo virtuoso: carreira coerente que gera conquistas, que gera orgulho de ser quem somos, que gera vontade de seguir em frente e gera coragem para tentar coisas novas.

Gerir pessoas é gerir a complexidade do funcionamento humano, não existe atalho, mas se feita de forma assertiva e com consistência, funciona.